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a complexidade das falácias

a complexidade das falácias

esboço

Tudo o que perturba é afastado para um recanto da mente. É enterrado. É-se proibido a si próprio de o desenterrar porque assim torna-se mais fácil lidar com o mundo e com as pessoas em geral. Sente-se protegido apesar de ser uma protecção artificial. Criamos um mundo alternativo construído a partir das realidades que queremos.

Criei um mundo em que tu não existes. Em que eu sinto apenas aquilo a que me permito a mim própria. Os diálogos dão lugar a loucuras, os desejos dão lugar a fantasias insanas. Neste mundo já não tenho que ser aquilo que pretendes. Eu sou assim, esta miúda simples dentro das suas particularidades, que lê histórias sobre Freud e Tolstoi, que fuma um cigarro no meio da neblina matinal enquanto ouve uma balada de rock lamechas dos Aerosmith e que escreve textos aleatórios em folhas de papel rasgadas. Descobri que não consegui ser da maneira que tu gostavas. Era uma projecção das tuas vontades. Um esboço imperfeito.

a supremacia das sensações

Saudades da paixão. Dos primeiros tempos insanos em que sentimos que somos capazes de cometer as maiores loucuras por uma única pessoa. De sentir que a paixão nos torna pessoas melhores, pessoas capazes de conquistar o mundo.

Paixões jovens e arrebatadoras em que a adrenalina e a ansiedade correm nas veias e fazem disparar o coração a um ritmo alucinante. As nossas acções são involuntariamente manipuladas por sensações extasiantes e as consequências tornam-se secundárias porque o que importa é sentir aquela injecção de emoção momentânea.

Quando foi a última vez em que agiste sem que optasses pelo correcto e não pela tua vontade?