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a complexidade das falácias

a complexidade das falácias

o tempo muda-nos

Por vezes fazes-me pensar que as coisas nunca voltarão a ser como antes. As gargalhadas frenéticas, os textos escritos cada vez que uma de nós estava a passar um mau momento, as ambições e os sonhos partilhados, os segredos e confidências no início da manhã e pela noite dentro. Tudo isto se perdeu num passado próximo.

É verdade que as circunstâncias e o meio em que vivemos muda as pessoas ao longo da vida. Tu és a prova disso. Sinto que a cada ano que passa te conheço menos. Não sei do que gostas, não sei o que pretendes, não sei o que receias. Dizes que queres te queres reaproximar mas afastas-te sempre. E é estranho. Julgava que eras a pessoa que eu melhor conhecia, por isso é que desde sempre te chamei melhor amiga. Vivemos tudo juntas... A primeira paixão arrebatadora, o primeiro desgosto funesto, o primeiro acto de uma rebeldia impulsionada pela recente adolescência, o primeiro erro irreversível. Fomos a espectadora uma da outra de muitos momentos marcantes na vida de cada uma.

Talvez eu também tenha mudado e não me tenha consciencializado dessa mudança. Talvez. Só gostava de te mostrar os bons momentos que passámos outrora para que os pudesses recordar com a alegria com que eu me recordo. Gosto de ti e gostava que soubesses isso sem que fosse necessário que alguém te recordasse.